Gera metros de pano pra manga, esta tensão entre os Kayapó e o governo.
Na entrevista que membros da tribo deram ao Fantástico neste domingo, estavam estampados para quem quisesse ver a mistura de asco e o fascínio que os "primitivos" exercem, ainda hoje hoje, entre os "civilizados".
Quero puxar só um fiapo de idéia que me ocorreu com essa história toda : nossa incapacidade em dialogar com os índios como cidadãos brasileiros. Cinco séculos depois, a pena de Caminha vira câmera, e a imagem daquele homem Kayapó era, ainda, a imagem de um Outro.
A propósito: a home do Fantástico exibe apenas a entrevista com o engenheiro atacado, e não a entrevista com os indígenas. Por que será?
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