Comunicar é importante? É! Todo mundo tem, ou deveria ter, o direito a expressar suas idéias, seu modo de vida, sua cultura. Mas na nossa sociedade, acontece uma coisa muito esquisita: todo mundo concorda com a importância de comunicar, mas alguns grupos têm o direito a expressar-se, enquanto os outros... têm o direito de apenas ficar sentado, assistindo a televisão e concordando com tudo o que passa!
Por exemplo: por que será que algumas rádios funcionam em rede nacional, enquanto outras precisam chorar por uma licença do governo para operar? Por que será que as emissoras de TV privilegiam o noticiário do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, enquanto que o Nordeste só é exibido para falar do Carnaval ou da criminalidade?
Felizmente, já tem gente querendo mudar esta situação: os movimentos pelo Direito à Comunicação. Nos próximos meses, viveremos um momento inédito nesta área. Pela primeira vez, discutiremos com toda a sociedade os rumos das políticas de comunicação, durante a I Conferência Estadual de Comunicação Social, organizada por um Grupo de Trabalho convocado pelo Governo do Estado. Como este é um assunto ainda novo e os interesses na área são diversos, o receio é de que a história da comunicação na Bahia se repita e, mais uma vez, que um direito que é de todos seja apropriado por grupos de interesses privados.
Pensando nisso, acontece nesta semana, de 4 a 6 de junho – a I Conferência Livre de Comunicação da Bahia – a sociedade civil pelo Direito à Comunicação. O encontro é uma etapa preparatória para a I Conferência Estadual de Comunicação e vai reunir representantes de organizações, movimentos sociais e estudantis.
O encontro tem o objetivo de mobilizar a sociedade civil a fim de articulá-la em torno do tema da democratização da comunicação. A idéia é fortalecer um coletivo de pessoas e instituições para qualificar o debate e as proposições da I Conferência Estadual de Comunicação e pensar ações de incidência política posteriores para colaborar para o redesenho da política de comunicação na Bahia.
2 comentários:
Oi Ana eu recebi uma poesia sua no grupo Abraham Hicks Brasil e depois cheguei até aqui. Gostei muito de suas postagens, todas muito pertinentes. Como historiadora achei bastante interessantes as questões sobre gênero, uma vez que na faculdade trabalhei um pouco com isto e tive oportunidade de acompanhar alguns trabalhos de outros docentes sobre o assunto, até mesmo dentro da literatura. Parabéns pelo olhar diferenciado que você apresenta em relação ao espaço em que você vive e a cultura que a rodeia.
Felicidades em seu trabalho, você merece.
Um abraço,
Beatriz
Oi, Beatriz
tudo bom?
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