quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Desabafo

Eu trabalho, o namorido trabalha.

Cuido dos meus interesses e projetos. Ele, dos deles. 
Cada um sai com seus amigos, e tem seus horários de trabalho.

Mas as semelhanças acabam por aí.

Eu deixo o dinheiro da diarista, e digo o que limpar, passar, comprar.

Quando peço um favor profissional, eu pago. Mas se faço algo por ele, não recebo nem "obrigado" (na certa, é dever nosso ajudar o companheiro sempre que necessário!)

Eu digo: "traz o pão!"

E se eu não digo: "traz a lâmpada!", a gente fica no escuro (como estamos hoje), sob a alegação dele de que "é muita coisa na minha cabeça, amor!".

E na minha cabeça, não é muita coisa não, é? 

Detesto esse papo de que as mulheres são maravilhosas. Não são. Super-valorizar nossa capacidade de trabalho é a opressão feminina dos anos 2000.

5 comentários:

Unknown disse...

Hehehehe é, gata, essa opressão moderna nos caleja, mas é fato: a gente consegue se dividir, se multiplicar, infelizmente os homens só conseguem deter um foco. Não dá para pensar em lâmpada e pão ao mesmo tempo. Vc terá mais uma tarefa na sua lista: educadora de maridos.
Bjs e que bom que vc voltou a escrever!

Ana Fernanda disse...

hahahaha!
Tá doida, eu não tô conseguindo educar nem a mim mesma...

Fernanda Leturiondo disse...

Bom, Nandinha, lá em casa não rola isso. Quem esquece do pão sou eu, que como tenho mais tempo deveria compar.. a lâmpada quando queima fica muito tempo queimada, ou o mais incomodado providencia.. embora não trabalhe formalmente, ando muito ocupada, minhas vigens a outros mundos são diárias, indispensáveis e inevitáveis.. claro que essa 'opressão moderna' está sempre nos meus calcanhares, mas estou aprendendo (não sem custo) a ignorá-la, tal aquele esquizofrênico de 'uma mente brilhante' faz com as pessoas imaginárias que povoam seu juízo, ou falta de juízo.
Eu não dou conta de tudo.. ninguém morre, todo mundo se vira.. eu não tenho essa capacidade toda que Moniquinha conta.. sou uma mulher com defeito, graças aos deuses..

bjo amore

Anônimo disse...

Minhas queridas: Aninha, Moniquinha e Nanda (que saudade!!!)
Assim como Nanda, acho que tenho muitos defeitos e o maior deles é me preocupar com tudo ao meu redor. Preciso e, hoje, sei mais do que nunca que preciso aprender a me soltar, a esquecer uma tarefa de vez em quando... também concordo de que os homens sobrevivem sem nós e, muitas vezes, na nossa ausência cuidam de tudo de forma primorosa. Que tal mudarmos nossa estratégia? Eu ainda não tenho a resposta... hehehehe
fico feliz só de estarmos juntas nesse papinho virtual. Aí, imagino cada uma, com seu jeitinho, falando da vida. Gente, somos mulheres maravilhosas! Só isso!!!

Frida Cores disse...

acabo de perceber que os homens são iguais mesmo... vc chega casanda do trabalho e ainda faz o jantar... e ele "não tem farinha... como assim não tem farinha????" rs