Daí que combinamos de nos encontrar para conversar a respeito.
Ela falou um monte de coisa, eu falei outro tanto. O resumo da ópera é que ela diz estar feliz. E eu fiquei todo o dia seguinte à nossa conversa sem saber o que fazer com isso. Claro, todo manual de catequese vai dizer que eu deveria estar feliz só em saber que a minha amiga está feliz, mas - que diabos! - eu não estava. Me sentia traída. Como ela pôde afastar-se de mim em nome de um pilantra daquele e ainda por cima permanecer feliz em uma relação tão limitante?
Insônia.
Mas hoje levantei da cama (não digo "acordei" porque sequer dormi) sem saber que bicho me mordeu. Só lembrei de um sem-número de outras situações em que eu me senti exatamente assim: traída pelas pessoas que eu achava que deveriam estar mais próximas de mim. Não saberei colocar em palavras o que estou sentindo e acho que vai soar muito amargo (quando o que estou sentindo é pura liberdade), mas é o seguinte: dei-me conta de que o problema é meu. Porque ninguém tem obrigação nenhuma comigo.
Mãe, pai, marido, amigos: ninguém me deve nada. E - glória suprema! - muito menos eu a ninguém.
5 comentários:
Ana, adorei seu blog... Delicado como vc. Acabei de assistir "As horas" de novo. É incrível como vemos coisas novas na mesma coisa... Ah! A gente se vê em Irecê na próxima semana!
Bjs,
Rosane Vieira.
Libertador desabafo. Adorei, Aninha.
Aninha, minha querida,
fica aqui o abraço de um outro amigo, que gosta muito de você, pra "equilibrar" com os desgostos dessa vida, heheheh. A peteca não cai! Parabéns pelo blog, você como sempre escrevendo bem pra caralho (perdoe a expressão "fálica")!
Beijão
Bruno Rohde
aleluia, irmã! isso é mesmo uma libertação.
bjo
Aí é que vemos: eu sou livre, você é livre, nóóóóóóóóós somos livres!
(...)
Quando se entende isso, todo o amor se torna mais doce....
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