quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lembro como se fosse hoje: um cartazete no mural da faculdade anunciava o estágio em uma organização não-governamental. Para mim, que já andava metida em mil e um trabalhos voluntários, pareceu a chance de ser remunerada por tudo o que eu já amava fazer. Paraíso.

Isso foi há dez anos. Hoje, às vésperas dos 30, idade em que supostamente as coisas deveriam estar estabilizadas, resolvi mudar tudo. Trocar o terceiro setor pelo segundo, o sem fins lucrativos pelo lucro. Fazer o caminho inverso.

O marido e os amigos suportaram horas de falação - o que é mesmo que eu vou fazer da minha vida? Idéias não faltam, mas idéia não enche barriga. Horas de tortura mental, eu me perguntando por que diabos não segui o conselho de meu pai e fiz um concurso.

Até que o Grilo Falante que carrego comigo perguntou:

- Qual foi a última vez que a Vida te deixou na mão?

Tive que admitir: nunca. Sempre que larguei do trapézio, a Vida estava lá para me pegar em pleno ar. Por que seria diferente agora?

3 comentários:

Tê Barretto disse...

É isso aí, amiga querida.
Se transformar é a palavra, paciência e fé são os meios. Ah, vai lá no meu blog a veja a ilustração que coloquei no post. Somos nós! Vc está loira e de rabo-de-cavalo. E Rachel está com aquela carinha de Alcione: " o que é que eu faço amanhã...". Bjo.

Raiça Bomfim disse...

Avante, minha véa! "Todo suor nos requisita"!

Roberto Lamparina disse...

Viajando pela internet, deparei-me com um pseudônimo homônimo. Súbita a curiosidade de saber qual lamparina possa radiar também algum brilho. Ou quem sabe esta seja uma lamparina reluzente de alto calibre e consiga radiar muita luz à grandes distâncias???
Sou um pequeno lamparina, sem maiores grandiosidades. Contento-me com a atual situação, mas...
Se possível, visite o http://ro.lamparina.zip.net
Abraços!!!